sábado, 6 de junho de 2015

Competência  




            A campetência não é um estado imóvel,completo, definitivo.Competência é como um
um movimento de gerúndio. não somos competentes, estamos sendo.Formamos nossa
competência no dia a dia.Uma empresa, uma pessoa ou um grupo não são já qualificados,
mas qualificantes- estão sempre em processo dinâmico. Há algumas décadas, quando se perguntava a alguém sobre sobre sua qualificação ,a pessoa dizia:" Sei fazer isso,isso e isso." Hoje dada a multiplicidade de formas de trabalho e de produção, o horizonte de qualificações aumentou. Portanto, eu não sou mais alguém que, ao me formar,já fiquei pronto. Ao contrário, eu me forma numa determinada base, ms a velocidade de substituição dessa mesma base é tamanha, que eu preciso ser permeável, esta aberto aos novo aprendizados em quaisquer das áreas em que atuo. A competência não é um infinitivo, que já está fechado, concluído. Ela é um gerúndio, um processo de formação.Nós nos tornamos competentes e incompetentes no dia a dia.Há uma precariedade maior e um prazo de validade menor para aquilo que sabemos, tendo em vista a substituição veloz de alguns dos mecanismos da nossa capacidade produtiva, das atividades no emprego,das estruturas do fazer. Isso significa que há uma efervescência  muito grande dentro da nossa competência.

             O texto acima é parte integrante dos escritos do filósofo Mário Sérgio Cortella, nos dias atuais percebemos uma infinidade de cursos de especialização, cursos de todo que é tipo, os jovens cada dia entram mais cedo na universidade, sem que tenham um conhecimento específico da profissão que vão seguir, inseguros diante de um mercado de trabalho cada vez mais turbulento e exigente. A maioria não consegue determinar o que realmente deseja, numa sociedade cada vez mais capitalista e em país como o que vivemos, com alto grau negativo em tudo que se refere a desenvolvimento, sociopolítico e cultural.
         O que nos resta, é orientação , preparação individual, pois o jovem de hoje é diferente, a chamada geração y e as outras que se seguem a essa,  são desafios em todos os sentidos, tenho clientes que não conseguem  se encaixar em profissões, tenho alunos cada dia mais ligados as redes sociais e jovens ainda mais alienados dentro  do contexto  social a que pertencem, cada dia mais distantes da realidade territorial.
        Diante dos fatos defendo um investimento em desenvolvimento humano, pois o desenvolvimento pessoal tende a ser contínuo, até existir força de vontade de cada um dos envolvidos no assunto.

Luciana Costa